Jesus, quando veio a terra, escolheu um grupo de pessoas para que elas o auxiliasse em sua obra. Se andássemos há alguns metros deles talvez sentiríamos o cheiro de peixe, já que no grupo de Jesus não tinha ninguém acima da média em termos de intelectualidade; haviam fanáticos, cobradores de impostos e até mesmo seu tesoureiro tinha desvio de caráter quando se tratava de dinheiro. Alguns não tinham um sotaque apropriado para a missão e Jesus sempre se reunia com algumas pessoas sórdidas, violentas, astuciosas e libertinas.                                                                                                                     

Particularmente, se fosse o meu grupo de pessoas teria escolhido um pouco "melhor"; teria demitido Pedro no primeiro mês, afinal ele só cometia gafes, era impulsivo às vezes descontrolado, mas Jesus o deixou ficar e ainda lhe deu posição de destaque. Como pode isso acontecer? Muito simples: Jesus não vê as pessoas da maneira que nós vemos.

O grupo de Jesus é muito encorajador pra mim, porque se ele podia trabalhar com eles, pode trabalhar comigo também. Não porque eu seja melhor e sim porque Ele não usa os mesmo critérios que nós usamos. Em seu anúncio ele fez questão de chamar os fracos, oprimidos e sobrecarregados; para o mundo "loucura", mas pra mim faz todo sentido, porque me faz refletir o quanto somos seletivos às vezes e perdemos a oportunidade de pensarmos como nosso mestre, e estendermos as mãos aos que parecem nada ter para oferecer à obra de Deus. Aliás, Ele me escolheu na fraqueza para envergonhar os fortes, na minha falta de sabedoria para confundir os sábios, a fim de que ninguém se glorie diante dEle, porque seu amor e sua visão das pessoas estão além dos limites de minha compreensão.

Jesus continua a chamar pelos improváveis o que é muito bom porque faço parte dessa lista, como diz Paulo em 2 Coríntios 4.7; mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.

 

Pastor Daniel Raimundo da Silva