Quando conhecemos o Espírito Santo, em primeiro instante somos convencidos sobre a necessidade de reconhecermos a nossa condição de pecadores. Esse convencimento gera a necessidade de uma mudança de caráter, que também é movida pelo Espírito Santo através do fruto do Espírito, passamos a viver uma transformação em nossas vidas, nos tornamos mais amáveis, bondosos, pacientes e conseguimos ter um domínio próprio, nossa vida passar a ser totalmente diferente.

Entretanto ainda vivemos em um mundo pecador e sofremos momentos de influência e desejo pelo pecado, esses momentos são como um balde de água fria em nossa vida espiritual. Langston afirma que

“o crente não precisa apenas do perdão do pecado, mas de poder para vencer o domínio do pecado”.

Deste modo somos induzidos a perguntar: Como o Espírito Santo pode cooperar para uma vida além do perdão dos pecados?

O Espírito Santo tem como propósito inicial, convencer o homem do pecado (Jo 16:7-8) Em seguida atua no processo de Regeneração, Justificação, Santificação e Unção na vida do cristão.

No processo de Regeneração:

Regenerar é o mesmo que renascer ou ter uma reformação moral. E o agente regenerador é o Espírito Santo. É ele quem opera no homem caído o desejo de transformação (Tito 3.5).

A regeneração é colocar na alma uma nova lei de vida que é verdadeira e espiritual, que é luz, santidade e justiça, que leva à destruição de tudo o que odeia a Deus e luta contra Ele. A regeneração produz uma milagrosa mudança interior do coração.

A regeneração é um ato onipotente do criador. Um novo princípio ou lei é criado em nós pelo Espírito Santo.

Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. (Salmo 51.10)

 

No processo da Justificação:

Por Justificação se compreende o agir de Jesus Cristo na vida do homem ao apresentá-lo ao Pai livre de qualquer dívida. A palavra justificar é um termo que quer dizer: absolvido, justo. Helio de Menezes afirma que:

Justificação é o ato instantâneo, completo e definitivo judicial de Deus ao declarar que o pecador que se arrependeu e creu em Cristo e esse não mais será punido; será considerado como sendo justo; e está restaurado ao seu favor.

O que se pode entender a respeito da justificação, é que a mesma se relaciona com a Graça, a Justiça de Cristo e a Fé. A Graça pode ser entendida como um favor, ou a bondade de Deus beneficiando alguém que não terá a mínima condição de retribuir.

No processo de Santificação:

As palavras gregas e hebraicas para santificação transliteradas para o português significam respectivamente: “santificar, santo, consagrar, dedicar”,

e podem ser aplicadas a qualquer pessoa, lugar, ocasião ou objeto.

Uma vez que a palavra santificação é derivada de santo que de acordo com o dicionário Globo, significa:

“Que vive segundo a lei divina; essencialmente puro; inocente; imaculado; bem aventurado; sagrado; sacrossanto; canonizado; santificado; consagrado a Deus; lugar santo; inviolável; que tem caráter de santidade...”

O próprio Deus estabeleceu meios para a santificação quer sejam:

O sangue de Cristo (Hb 13.12; 1Jo 1.7),

O Espírito Santo (1 Co 6.11; 2 Tes. 2.12, 1 Pd. 1.1,2)

A Palavra de Deus (Jo 15.3; 17.17, Ef. 5.26;).

 

O sangue de Cristo estabelece a santificação absoluta em relação a Deus. Ao aceitar o sacrifício de Cristo na cruz o homem deixa a condição de pecador e se torna santo.

O segundo meio estabelecido para a santificação é interno, isto é o Espírito Santo passa a habitar dentro do crente e começa a efetuar a transformação da natureza dele.

A Palavra de Deus como terceiro meio de santificação é externa e prática e conduz o crente a um comportamento baseado no desejo e na vontade de Deus. A Palavra passa a ser um manual de instrução que seguido conduzirá o leitor atento a uma efetiva transformação ou santificação que será observada pela visão humana.

No processo de Unção:

Unção é ato ou efeito de ungir ou untar; sentimento piedoso; caráter de doçura atrativa. Espiritualmente pode-se dizer que a unção é um revestimento espiritual, tendo como finalidade proteção, dinamismo e formação de um caráter piedoso e carismático.

Segundo o pastor Silas Malafaia, o cristão não é reconhecido pelos dons espirituais mais sim pelo fruto.

“O cristão não é reconhecido ou conhecido por aquilo que recebe, o cristão é conhecido por aquilo que ele doa. O cristão não é conhecido pelos dons; é pelo fruto. E fruto é algo que você produz”

Desta forma o cristão precisa estar em sintonia com o Espírito Santo e através de suas ações produzirem frutos que evidenciem a unção.

Existem pessoas que confundem unção com pulos, gritos, danças e outras tantas manifestações que aparecem durante ministrações de busca do Espírito Santo. Entretanto unção é algo bem maior, é a transformação que alcança a vida do crente e permanece nele.

Deste modo entendemos que a ação do Espírito Santo em nós, vai além de nos convencer da condição de pecadores e de gerar em nos um fruto que produz caráter em nós.

A ação do Espírito em nós está também no processo de desenvolver habilidades para vencer o domínio do pecado. Por meio ao Espírito Santo a Regeneração, Justificação, Santificação e unção, são manifestas em nós, dando-nos poder para vencer o domínio do pecado.  

Porém, quando o Espírito Santo descer sobre vocês, vocês receberão poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra. (Atos 1.8)